Modelos amigáveis a iniciantes e que têm praticidade. Número de mulheres habilitadas aumenta no estado de São Paulo e no Brasil.
Cada vez mais mulheres escolhem a motocicleta como meio de locomoção e o mercado brasileiro tem diversos modelos que podem ser uma boa escolha para as iniciantes. Veja abaixo uma lista que considera não só o ponto de vista da praticidade de uso e facilidade de condução - elementos necessários e desejáveis para motociclistas novatos de qualquer sexo - mas que atendem a necessidades específicas das mulheres, como carregar a bolsa.
1) Honda Lead
Nada mais simples, fácil e prático do que um scooter e, entre todos eles, o pequeno Lead é um campeão. Por quê? Primeiro por serpequeno, e consequentemente leve, fácil manobrar em estacionamento e fácil de levar quando em movimento. Como todo os scooters, protege as pernas da chuva, poeira e vento e, assim, permite uso de saia ou vestido sem problemas. E como, ao contrário das motocicletas, não tem câmbio nem freio traseiro acionado pelos pés, admite o uso de qualquer tipo de calçado, inclusive os de salto alto, mesmo que o bom senso sempre indique o uso de botas ou ao menos algo que proteja os tornozelos quando estamos ao guidão. Assim sendo há uma verdadeiramente grande plataforma para apoio dos pés, sacolas, bolsas ou o que seja. Além disso há o grande espaço sob o assento, onde dois capacetes podem ser abrigados sem crise ou... uma boa parte das compras em um feliz dia no shopping ou mesmo aquele supermercado de última hora. Dotado de partida elétrica e câmbio automático, o Lead é miserável em consumo e oferece razoável potência para uso urbano. Além de tudo isso, conta com a maior rede de concessionárias do Brasil.
2) Suzuki Burgman 125i
O grande concorrente do Lead tem praticamente todas suas qualidades, porém ao menos duas desvantagens: o menor espaço sob o assento e rede credenciada limitada. Em contrapartida, oferece algo a mais em potência e um porta-luvas atrás do escudo mais generoso que o do Lead. E, como o concorrente, tem um prático gancho porta sacola/bolsa, acessório precioso para elas.
3) Honda PCX 150
O mais moderno scooter de nosso mercado pode ser o ideal para aquelas que precisam de maior desempenho para encarar vias expressas ou até – por que não – pequenas viagens. O “porém” do modelo, sob o prisma da utilização feminina, é não ter uma plataforma tão ampla para os pés, que ficam separados por um túnel central, o que complica levar sacolas/bolsas ali. Aliás, nem gancho para tal o PCX tem. Outro "pecado" do modelo é o vão sob o banco, modesto, apenas para um capacete ou volume de comprinhas
Talvez tenha sido esse o modelo que despertou a vontade das mulheres brasileiras pelo transporte em duas rodas a motor. A carinha simpática e a facilidade de uso – apesar de exigir trocas de marchas mecânica (atenuada pela embreagem automática, que não precisa ser acionada com a mão) – faz da Biz, em todas suas versões, a motoneta mais popular entre as mulheres brasileiras. Se comparada aos scooters mencionados anteriormente, oferece uma maior capacidade de engolir pavimentação ruim por conta das rodas maiores, especialmente a dianteira. Há versões com partida a pedal, mas para elas a facilidade de ligar o motor através de um pequeno botão é essencial. Questão de conforto e praticidade. Tão ou mais econômicas quanto a Lead em termos de consumo de combustível, as Biz 100 ou 125 existem em versão flex e o custo de manutenção talvez seja o mais abordável nesta classe de veículos que recomendamos ao chamado sexo frágil.
5) Yamaha Crypton 115
Sua desvantagem face às Honda Biz é não ter o prático vão porta-capacete sob o banco. De resto, esta motoneta da Yamaha é pau para toda obra, robusta, prática e confiável. Em termos mecânicos, segue a mesma receita das Biz, com câmbio de quatro marchas e embreagem automática
6) Dafra Zig + e Zig 50
As motonetas da Dafra são em tudo semelhantes às concorrentes Biz e Crypton. Todavia uma delas, a Zig 50, tem um preço muito acessível – pouco acima dos R$ 4 mil – por conta do motor cinquentinha, o que significa consumo mínimo e desempenho limitado e pode ser uma qualidade para quem está começando na arte de pilotar motocicletas e derivados. Uma Zig 50 é altamente contra-indicada em localidades de relevo acidentado ou com vias expressas, porém pode ser a melhor escolha para uso em cidades planas e pequenas por pilotos sem muita experiência.
É a primeira moto de verdade de nossa lista, e a razão, simples, é principalmente por ter umbanco amplo, confortável e... muito próximo do solo. Tal característica, associada a um guidão largo e consequente posição de pilotagem relaxada, confortável e que não intimida iniciantes, a torna muito indicada para mulheres que querem uma moto de verdade, e não um scooter ou motoneta. Outra qualidade desta Suzuki é a leveza e, portanto, a facilidade oferecida nas incômodas manobras de estacionamento. Um detalhe que pode agradar a ala feminina é o amplo bagageiro de fábrica.
8) Honda Pop 100
Básica como um chinelo, a menor das Honda do catálogo brasileiro exige desprendimento estético por parte de quem a adquire. A essencialidade que norteou seu projeto resultou em linhas pouco harmoniosas e nada atraentes. Porém, há mulheres de todo o tipo, epara as raras que não dão bola para a aparência de seu meio de transporte, a Pop 100 pode ser a escolha nota dez. A relação custo-benefício está entre as melhores, e economia de combustível é com ela mesmo. Não, não tem espaço sob o banco para guardar nada, nem tampouco um câmbio automático ou embreagem idem. É tudo “na raça” na Pop, porém ela é levíssima, facílima de conduzir e possui o maior banco (em comprimento) do mercado.
9) Honda CG 125/150
A CG é a "mãe" de gerações de motociclistas e um marco na história da moto no Brasil. Sem dúvida nenhuma é a motocicleta que está nas mãos do maior número de mulheres no Brasil pelo simples fato de ser, disparado, o veículo mais comum do país. Ao optar por uma CG elas terão nas mãos não apenas uma moto que é um monstro de eficiência, mas também um verdadeiro cheque ao portador. É fácil de vender e tem depreciação ínfima, o que agrada as mulheres, sempre atentas ao orçamento.
Concorrentes das CG, estas pequenas Yamaha oferecem versatilidade e eficiência em dose equivalente às das rivais, e talvez melhor resultado em termos estéticos, especialmente no que diz respeito a recém-lançada Fazer 150, realmente uma moto muito bonita. E esta melhor aparência pode significar muito para elas...
E as motos grandes?
A ausência de modelos maiores e mais potentes não é, de jeito algum, um menosprezo à habilidade ou capacidade femininas em conduzir qualquer tipo de moto. Aliás, é cada vez mais frequente ver nos encontros de motociclistas ou simplesmente nos grupos que a cada final de semana escolhem a moto como objeto de lazer, mulheres ao guidão de pesadas Harley-Davidson ou possantes Kawasaki. Aliás, uma das maiores revelações da motovelocidade nacional dos últimos tempos – com atuações de sucesso inclusive no exterior – é a piloto Sabrina Paiuta, 19 anos e já campeã em diversas provas, deixando para trás uma leva de talentosos barbudos, confirmando que motocicleta e mulher é uma definitiva realidade de nosso tempo, cuja dimensão vai além da simples quantidade de carteiras nacionais de habilitação expedidas.
Fonte: Auto Esporte/G1