Não é surpresa nos depararmos cada vez mais com mulheres que pilotam motos, sejam nas cidades, sejam nas estradas. Aqui mesmo no blog relatamos histórias de mulheres corajosas e suas aventuras em 2 rodas. Agora também veremos garotas que radicalizam no motociclismo, atuando como "stunts" e praticando um novo esporte chamado Wheeling.
Jovem promessa do motociclismo no DF |
Indiana Munoz, mais conhecida como Indy, 22 anos, é praticante do Stunt Wheeling, um esporte radical que consiste em realizar manobras em cima de uma moto, no qual é exigido muita força e equilíbrio pelos motociclistas. O termo “wheelie” quer dizer (em tradução livre) "empinar", e isso é exatamente uma entre várias manobras radicais realizadas. Por ser relativamente novo, o esporte ainda possui poucos adeptos. Para se ter uma ideia, Indy Munoz representa um universo de apenas 5 mulheres oficialmente praticantes do esporte no Brasil. Indy teve o primeiro contato com motos ainda na infância. De família circense, praticante de manobras radicais como o Globo da Morte entre outros, essa paixão por motos vem de berço “tive uma infância feliz e muito radical!”. Moto para ela sempre foi sinônimo de diversão: ” Moto é adrenalina, me sinto livre, é sempre um momento de lazer e diversão! “ afirma nossa piloto .
Indy praticando stunt wheeling |
Moradora de Brasília-DF, nossa motociclista também faz parte da equipe Brasiliense de Motovelocidade “Moto com Batom”, sendo a atual campeã da categoria feminina. Indy passou a integrar a equipe e a competir no início desse ano e logo enfrentou uma mudança radical em sua vida... Em meio a grandes realizações, enfrentou a perda de uma grande amiga e companheira de equipe, a piloto Vanessa Daya, falecida em um acidente no campeonato brasiliense de moto velocidade em julho de 2013. Apesar das dificuldades e a dor da perda da parceira, Indy se dedicou ainda mais a competição e teve bons resultados ao final do campeonato – “Vanessa é a irmã que nunca tive; Ela me ensinou dentro e fora do esporte, que existe amizade, fidelidade e companheirismo! Éramos, não... fomos e sempre seremos uma família, o “dream team”! Declara Indy .
A piloto agora encara os desafios de se encontrar patrocínios e apoiadores do esporte no Brasil, tanto para a motovelocidade quanto para o Whelling. Há muita dificuldade nessa empreitada e com isso o esporte não ganha notoriedade entre as demais categorias. Apesar das adversidades, a jovem desponta no meio motociclístico e segue firme nos planos para o próximo ano, focando nos treinos e se dedicando a cada dia mais aos esportes. É isso aí girl! Nós do blog e do Grupo Mulheres Motociclistas apoiamos o motociclismo feminino em todas as suas vertentes e desejamos sorte e sucesso na promissora carreira que se apresenta. Parabéns!!
Texto: Bia Saraiva
Fotos: arquivo pessoal