terça-feira, 19 de novembro de 2013

Indy Munoz - por Bia Saraiva

Não é surpresa nos depararmos cada vez mais com mulheres que pilotam motos, sejam nas cidades, sejam nas estradas. Aqui mesmo no blog relatamos histórias de mulheres corajosas e suas aventuras em 2 rodas. Agora também veremos garotas que radicalizam no motociclismo, atuando como "stunts" e praticando um novo esporte chamado Wheeling.
Jovem promessa do motociclismo no DF
Indiana Munoz, mais conhecida como Indy, 22 anos, é praticante do Stunt Wheeling, um  esporte radical que consiste em realizar manobras em cima de uma moto, no qual é exigido muita força e equilíbrio pelos motociclistas. O termo “wheelie” quer dizer (em tradução livre) "empinar", e isso é exatamente uma entre várias manobras radicais realizadas. Por ser relativamente novo, o esporte  ainda possui  poucos adeptos. Para se ter uma ideia, Indy Munoz representa um universo de apenas 5 mulheres oficialmente praticantes do esporte no Brasil. Indy teve o primeiro contato com motos ainda na infância. De família circense, praticante de manobras radicais como o Globo da Morte entre outros, essa paixão por motos vem de berço “tive uma infância feliz e muito radical!”. Moto para ela sempre foi sinônimo de diversão: ” Moto é adrenalina, me sinto livre, é sempre um momento de lazer e diversão! “ afirma nossa piloto .
Indy praticando stunt wheeling
Moradora de Brasília-DF, nossa motociclista também faz parte da equipe Brasiliense de Motovelocidade “Moto com Batom”, sendo a atual campeã da categoria feminina. Indy passou a integrar a equipe e a competir no início desse ano e logo enfrentou uma mudança radical em sua vida... Em meio a grandes realizações, enfrentou a perda de uma grande amiga e companheira de equipe, a piloto Vanessa Daya, falecida em um acidente no campeonato brasiliense de moto velocidade em julho de 2013. Apesar das dificuldades e a dor da perda da parceira, Indy se dedicou ainda mais a competição e teve bons resultados ao final do campeonato – “Vanessa é a irmã que nunca tive; Ela me ensinou dentro e fora do esporte, que existe amizade, fidelidade e companheirismo! Éramos, não... fomos e sempre seremos uma família, o “dream team”! Declara Indy .
A piloto agora encara os desafios de se encontrar patrocínios e apoiadores do esporte no Brasil, tanto para a motovelocidade quanto para o Whelling. Há muita dificuldade nessa empreitada e com isso o esporte não ganha notoriedade entre as demais categorias. Apesar das adversidades, a jovem desponta no meio motociclístico e segue firme nos planos para o próximo ano, focando nos treinos e se dedicando a cada dia mais aos esportes. É isso aí girl! Nós do blog e do Grupo Mulheres Motociclistas apoiamos o motociclismo feminino em todas as suas vertentes e desejamos sorte e sucesso na promissora carreira que se apresenta. Parabéns!!
Texto: Bia Saraiva 
Fotos: arquivo pessoal

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mulheres Motociclistas realizam encontro 'só para elas' em Ribeirão Preto - SP

Mulheres Motociclistas e Apaixonadas por Motos (Foto: Eduardo Guidini/ G1)
Cerca de 70 mulheres apaixonadas por motos se reúnem neste final de semana em Ribeirão Preto (SP) durante o 1º Encontro das Mulheres Motociclistas do Interior Paulista. Sem esquecer o batom e a maquiagem, elas não se intimidaram com os olhares masculinos e se juntaram em frente ao Novo Mercadão da cidade, na tarde de sábado (2), para declarar o amor que sentem pelo veículo que, geralmente, é símbolo de masculinidade. Um das idealizadoras do encontro, a funcionária pública Micheli de Lima Carneiro, de 27 anos, explicou que a reunião foi marcada pela internet com o objetivo de integrar as motoqueiras que já se conheciam de outros eventos motociclísticos."Algumas fizeram um encontro no mês passado, mas foi pequeno. Então, nós pensamos em aumentar e convidamos todas as mulheres que fazem parte de um grupo que a gente mantém no Facebook", contou. O evento superou as expectativas, contando com a participação de motoqueiras de Araraquara (SP), São Carlos (SP), Pedrinhas Paulista (SP), Osasco (SP), Bauru (SP) e Taquaritinga (SP).

Micheli conta que passou a gostar de motos quando tinha 13 anos e quer continuar alimentando a paixão pelo resto da vida. "Não há sensação melhor do que andar de moto. Quando você está na moto parace que não existe mais nada em volta. É um estilo de vida. É uma sensação de liberdade que não existe igual", disse a jovem. A controladora Priscila Vizu, de 25 anos, contou que já foi de Ribeirão - onde mora - para Brasília (DF) sobre duas rodas: quase 700 quilômetros de distância. "Viajar de moto é uma delícia, é algo inexplicável. A gente tem amor por essa vida. Uma das intenções desse encontro é justamente fazer com que as mulheres motociclistas se conheçam mais para poder viajar juntas", afirmou. 

Paixão sem idade

Uma das mais experientes do grupo, a farmacêutica Regina Pavanelli, de 55 anos, contou que passou a gostar de moto há apenas três anos, incentivada pelo marido. "Ele queria dar uma sacudida na vida e a gente comprou uma moto. É fácil gostar porque a sensação é ótima. Não tive dificuldade de aprender porque a moto faz tudo sozinha", brincou. Assim como Regina, outras integrantes do grupo também foram incentivadas pelos maridos, que são motociclistas. Alguns deles, inclusive, estiveram presentes no encontro, mas não puderam palpitar em nenhum assunto e foram obrigados a ficar bem longe, afinal, o dia era exclusivamente das mulheres. "Os maridos e namorados vieram, mas mandamos eles passearem logo. O intuito é que sejam apenas mulheres, para que a gente se conheça melhor. Eles podem ficar bebendo uma cervejinha em algum lugar, porque aqui é a gente que domina", concluiu Micheli.

Fonte: G1
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